terça-feira, 17 de julho de 2018

Em entrevista, Lisca fala sobre jogo contra Sport e dá resposta a Rafael Marques

Ceará e Sport - PE se enfrentam às 19:30h, desta quarta-feira (18), na Arena Castelão, pela 13ª rodada da Série A. Mas o confronto já começou fora dos gramados.
O atacante Rafael Marques, do Sport - PE, disse, na última quinta-feira (12), que transferir a partida para o estádio Presidente Vargas era "catimba do Ceará". Na manhã de hoje, terça (17), o treinador Alvinegro respondeu ao jogador e falou que "o Sport também não joga na Arena (de Pernambuco)".

"Eu vi alguns jogadores do Sport falando (sobre a mudança de local), mas o Sport também não joga na Arena (Pernambuco). O Sport joga na Ilha (do Retiro), que é o estádio deles. Eu vi o jogo contra o Grêmio e talvez o gramado da Ilha seja um dos piores. O gramado do PV está melhor que o da Ilha" respondeu Lisca, em entrevista coletiva na sede do clube.

O Ceará, que não vence há 99 dias, está na última colocação com somente 5 pontos em 12 partidas (5E e 7D) e busca pela reação da equipe no retorno do campeonato após a parada para a Copa do Mundo. Em contrapartida, o time pernambucano é o 7º da tabela com 19 pontos (5V, 4E e 3D).

Quando era técnico do Náutico, rival do Sport, o técnico Lisca teve problemas com a equipe rubro-negra. Agora, técnico do Vovô, Luís Carlos segue outra direção e fez elogios ao adversário de amanhã.

Lisca observando treinamento do Vovô. (Foto: Ceará SC)

Para o comandante Alvinegro, o clube de Recife é um modelo no Nordeste, pois está desde 2014 na elite do campeonato nacional e tem mantido uma regularidade na competição, apesar de passar por momento complicado na questão financeira - mais de 2 meses com direito de imagem atrasados.

Bastante estudioso, Lisca demonstrou conhecimento sobre a equipe rival. "Pela escalação, é um time muito dinâmico na frente. Nós temos que neutralizar eles e explorar a parte defensiva porque eles tem muitos jogadores ofensivos e talvez na recomposição eles no deem um pouco de espaço".

Sobre a partida, o comandante do Vovô aguarda por uma partida muito disputada e com dificuldades. "(Espero) um jogo de disputa, de muita competitividade. As duas equipes, pela parada, voltando ainda um pouco sem ritmo de jogo. Uma parada de 40 dias você perde um pouco o ritmo, mas ganha em outras situações".
"Quero um time mais rápido e mais forte. Mais rápido na execução, fazer a retomada, a circulação de bola, a variação de ritmo. Isso aí nós já demos uma melhorada e conseguimos trabalhar bastante. Claro que não vai ser no primeiro jogo que as coisas já vão sair. Então peço paciência ao torcedor. Nós (equipe) temos que ter paciência também. Saber sofrer, saber passar por cima de erros. Tem muito erro num jogo. Um jogo é muito mais de erros do que de acertos. A gente tem que está preparado pra isso! Mas espero uma melhora, uma competitividade e a vitória. Isso é muito importante pra nós, mas com organização, respeitando o adversário e fazendo por merecer. Jogando bem para merecer a vitória" finalizou.

O Sport terá mudanças. Os zagueiros Ronaldo Alves, por suspensão, e Durval, por lesão, não irá jogar. Léo Ortiz e Ernando serão os substitutos.

No Vovô, as alterações são várias e a equipe vai bem diferente daquela que enfrentou o Bahia, pela semifinal da Copa do Nordeste.

Veja as prováveis escalações

- Ceará: Éverson, Arnaldo, Tiago Alves, Luiz Otávio e João Lucas; Richardson, Fabinho e Juninho; Reina, Éder Luís e Felipe Azevedo.

- Sport: Magrão, Raul Prata, Léo Ortiz, Ernando e Sander; Fellipe Bastos, Gabriel, Marlone; Michel Bastos, Rafael Marques e Rogério.

sábado, 7 de julho de 2018

O futebol não é o culpado pela miséria do país

Diante da eliminação do Brasil na Copa do Mundo, ficou mais explícito ainda que muitos estavam à espera de uma queda para aparecer jogando suas frustrações e venenos de suas vidas tediosas em cima dos atletas.

Alguns disseram que essa eliminação é mais vergonhosa do que o 7-1. Impossível! Nenhuma queda será tão humilhante quanto uma goleada em uma Copa do Mundo dentro de casa.

No Brasil tem se tornado mania torcer contra a seleção usando a desculpa da situação do país na saúde, segurança, educação e demais setores. Mas qual culpa futebol tem sobre isso? O Brasil ter sido eliminado fará que esses setores evoluam?

Já parou para pensar que o país estaria bem melhor se o povo fosse melhor? Se tivéssemos educação para respeitar o próximo, se votássemos com consciência, se não tratássemos políticos como "mitos" ou "heróis", se não defendêssemos corruptos ou se não brigássemos por causa de partido.. Aí você vende seu voto por R$50, R$100 ou seja lá qual for o valor, mas quer dizer que devemos torcer contra a seleção por causa da situação miserável do país...

Mas vamos falar sobre futebol.

O futebol não é só lazer. É sonho, é educação, é saúde, é meio de vida, é ECONOMIA. O futebol é, assim como todos os esportes, a maior arma social na luta contra o uso de drogas e a entrada no mundo do crime para crianças e jovens da periferia. Pois são das comunidades que são a maioria dos atletas.

As seleções que ainda permanecem vivas na Copa, todas  da Europa, valorizam todos os setores políticos, mas também valorizam o esporte porque sabem que é uma continuidade na educação.

Desde as categorias de base o futebol influencia aos atletas no crescimento pessoal através de uma série de fatores sociais. Para se manter nos times, os jovens precisam estar matriculados e com boas notas na escola, além do bom comportamento no colégio, em casa e no clube. Caso contrário, são afastados.

Mensalmente um assistente social faz visita na casa desses jovens para saber como anda o ambiente em que eles vivem, que tipo de conduta estão tendo nos seus meios sociais.

Essas crianças e adolescente que, em sua maioria são de origem humilde, recebem ajuda de custo. Claro, o valor depende da idade e/ou da qualidade do atleta. E sim, no futebol tem a escolha de jogadores por causa de seus empresários. Mas me diga, na sua empresa não há ninguém que entrou pelo "Quem Indica"?

Jogadores como Pelé, Ronaldo, Neymar, Robinho, Gabriel Jesus, Douglas Costa, Casemiro e vários outros do futebol brasileiro e mundial saíram de favelas, viveram/vivem o sonho de tornar jogadores de futebol, deram uma vida nova aos seus amigos e familiares, investiram em institutos que dão oportunidade a milhares de outros jovens.

                                                     Foto: Diário do Nordeste

Já imaginou como seria o Brasil se hoje o futebol deixasse de existir? A situação financeira precária do país iria piorar 500 milhões de vezes mais. O número de jovens que entram no mundo do crime, que já é muito grande, iria aumentar mais ainda. Lojas esportivas fechando, número de desemprego aumentando.

O futebol envolve TUDO.

Devemos sim cobrar melhorias em todos os setores do nosso país, inclusive no investimento nos esportes. Porque também gera empregos. Seja de forma direta ou indireta.

O esporte educa, socializa, transforma vidas, muda rumos.. É oportunidade!

Foi o futebol que fez de um garoto negro, de origem pobre e com apenas 17 anos virar rei. É no esporte onde a a diferença se desfaz e todo mundo se torna igual. É no futebol onde os jovens negros são reverenciados por um país inteiro pela arte que faz a bola no pé.

Você pode não gostar de futebol. Ou do Pelé. Ou do Neymar. Mas o esporte em si merece respeito.

Se você critica a Copa por causa da situação do Brasil, significa que você é apenas mais uma pessoa que repetindo o que os desinformados falam. Busque conhecimento sobre os esportes, sobre como é feito, sobre como mudou e continua mudando a vida da milhões de pessoas ao redor do mundo inteiro.

Busque saber a história de meninos que não tinham o que comer em casa e hoje são homens com uma bela família dentro de uma linda casa e que fazem doações para institutos de caridade. E você? O que tem feito?

Viva o esporte. Viva o futebol!

sábado, 3 de fevereiro de 2018

ARTHUR CABRAL: DE PROMESSA À REALIDADE!

Nascido em Campo Grande, na Paraíba, o jovem Arthur Cabral, com apenas 20 anos incompletos, deixou de ser uma promessa e hoje é uma grande jóia do Alvinegro de Porangabuçu.

Destaque por fazer muitos gols desde as categorias de base, o atacante é a maior revelação da Cidade do Vozão até o momento.

Com 9 gols no profissinal, - 1 em 2015, 5 em 2017 e 3 em 2018 - o jovem artilheiro é o xodó da torcida do Vovô.




Foto: verdinha.com.br


Quando e como você chegou ao Ceará?
Cheguei ao Ceará em agosto de 2014 para fazer uma avaliação na base, através do meu empresário que conhecia um diretor da base.

Você fez 9 gols pelo profissional do Ceará. Qual o favorito?
Meu gol favorito foi contra o ABC (pela série B de 2017). Foi um gol de afirmação, um gol importante para o grupo. A torcida estava lá no Frasqueirão (RN), gritou meu nome. Foi muito emocionante!

Qual o seu melhor e pior momento que passou dentro do clube?
Meu melhor momento é agora. Em 3 jogos como titular consegui fazer 3 gols. Estou com uma média (de gols) boa no ano, conseguindo jogar bem. O pior momento foi no jogo contra o Santa Cruz, onde eu tive a chance de dar a vitória ao nosso time lá no Arruda. Sair de cara com o goleiro e infelizmente perdi o gol.

Quando não está jogando ou treinando, o que costuma fazer?
Quando não estou treinando nem jogando, geralmente estou jogo muito futebol no video game. Não sou muito de sair não, fico mais em casa.

Qual a maior dificuldade que passou ao sair da base e ingressar no time profissional?
O mais difícil é a questão da confiança, da adaptação, de está treinando com jogadores renomados com a camisa do Ceará. Requer uma cobrança maior! Isso é difícil quando você está começando.

Dentro do Ceará, você tem algum ídolo?
O João Marcos. Um cara muito humilde, muito profissional, que me ajudou nessa transição da base ao profissional e eu admiro muito ele.

Quais são as emoções às vésperas do seu primeiro Clássico-Rei?
É uma emoção grande. É um clássico que eu assistia quando era criança. Quando você chega no Ceará, desde a base, a rivalidade é muito grande!




Foto: cearasc.com


- Perguntas de torcedores.

Nataniel Bezerra: Você torce por algum time da sua terra natal?
Eu costumo dizer que torço por todos, para que eles cresçam!

Rodrigo Jorge: Como era sua infância?
Eu tive uma infância no meio do futebol. Meu pai era preparador físico, foi auxiliar técnico e naquele tempo eu sempre estava com ele. Com 3, 4, 5 anos eu sempre acompanhei ele em vestiário, treinamentos, jogos. Comecei a entrar no futebol cedo, com 5, 6 anos. Tive uma infância boa, nunca passei dificuldade graças ao meu pai e minha mãe que sempre foram trabalhadores.

Lucas Tadeu: Como você vê este ano de 2018 repleto de jogos e com muitas oportunidades no elenco do Ceará?
Esse início de ano, disputando essas duas competições (cearense e nordestão, e daqui a pouco a Copa do Brasil também, estou tendo mais oportunidades. Estão tendo muitos jogos, então está tendo que haver um revezamento entre equipes, entre jogadores e eu tive a oportunidade de sair jogando graças a esses revezamentos e consegui aproveitar as oportunidades que tive.

Theo Callou: Você estabelece uma meta de gols ou não foca em números?
Eu, desde a base, nunca foquei em uma meta de números de gols. Sempre pensei jogo a jogo! Em tentar aproveitar as oportunidades. Uma meta de gols acho que até trabalha, porque você fica pressionado e não é isso que eu quero.

Fernando Henrique: Você fez uma ótima Serie B em 2017. Não foi titular absoluto, mas decidiu várias partidas e foi decisivo várias vezes. Tiveram sondagens de clubes de fora?
Sondagens sempre tem, mas concreto não teve nada!



Em entrevista, Lisca fala sobre jogo contra Sport e dá resposta a Rafael Marques

Ceará e Sport - PE se enfrentam às 19:30h, desta quarta-feira (18), na Arena Castelão, pela 13ª rodada da Série A . Mas o confronto já ...